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A alma do poeta está ferida

A alma do poeta está ferida
Sangra um vermelho colorido.
Seu riso esconde astúcia
Seu peito abrupto
Copiosamente exala amor
Mas ele chora...
Pelas feridas
Pelo suor que maltrata a fonte.
Pela esperança que esporádica visita a noite.
E ele enxuga seu suor e sangue com uma tolha úmida de dignidade
e corre madrugada afora pelas salas intransitáveis do ser.


Nara C.
Outubro, 2011

Verossimilhança

O tempo frio adorna um coração amado,
Tempera a demora com um gostinho
Prolongado de aventura.
Um arrepio na espinha,
prova concreta de que o desejo
Permanece sólido.
Frenesi à queima-roupa.
Pensamento rápido de pertencer-te...
Desejo quente de beijar-te a boca.

Nara C.
inverno de 2011