RSS

Pages

Dia de refletir sobre escolhas!!



... e de aprender a calcular o tempo quando se fala em espera.
Ponderar é necessário, mas viver é preciso.

**

Des(a)tino

Era uma noite chuvosa, destas com tempestade quando cheguei em Curitiba. O relógio passava das 22:00 e eu uma pilha de nervos não me continha de ansiedade pelo o que estava por vir.
Desci ao saguão do aeroporto me demorando mais que o de costume no desembarque da mala, de propósito para deixar a outra parte em ansiedade. Por fim desprendi o cabelo, dei um suspiro levemente aliviado e me dirigi à sala de espera onde a pessoa que me encontraria deveria estar.
Passei a vista por uma série de pessoas em sequência, sem reconhecer nenhuma e por um instante desacreditava encontrá-la quando do lado oposto surge um alguém acenando para mim.
Era ela! correspondi com um sorriso.
Veio ao meu encontro tão logo apontei na sala. Trajava uma roupa simples e tinha graça o seu andar...
Me esforcei para não deixar aflorar uma exclamação, era ela não tinha dúvidas, mas parecia tão mais jovem e menos alta do que imaginei.
Esses instantes de perpepção mais pareceram um insight que durou até ela se aproximar. Muito gentil me abraçou e o conforto do seu corpo, juntou-se ao cheiro do seu cabelo me proporcionando tamanho bem-estar que desse momento em diante nos tornamos cúmplices pelo resto da vida.


**

Sorte

E o destino desafiador como é, teima em lançar-se contra o tempo feito faca de dois gumes; onde para o pescoço não há escapatória.

Nara C.
9/10/09

O outro lado do rio


Do outro lado do rio há um mistério que transpira encanto.
Há qualquer coisa indefinida, algo imperceptível que só ali se sente.
O rio que há anos me oferece companhia nas tardes frias e cinzentas é o mesmo que testemunha em vão, amores de outrora.
Rio bravo, valente e singelo.
Abriu-me a passagem de descoberta ao mundo, mostrou-me o outro lado, o desocnhecido... que hoje só tem me outorgado paz e serenidade.
No arfar das horas intactas saboreio o doce som que vem da balsa, esse flutuar de ócio acalma meu espírito, que encantado há muito fez sua entrega.

**
De repente tudo se calou
E ouviu-se um grito de mar
Eclodindo na calmaria
E fez-se um profundo pesar
Por se achar
Que se tratava de algo precioso
Não foste tu, nem era eu
Era o mar
Que pro fundo levou
O que de nós restou
De profundo.


Nara C.