Ipê florido
Os ipês floridos expressam em mim o vazio em forma de amor. O amor que inabita meus dias mas que presente está em mim, latejando poros abaixo, a tessitura do meu ser.
A vontade de prolongar essa sensação me é às vezes contraditória, desejo beber do pote, estancar a fonte, viver com igual plenitude a magia e o encanto. Mas logo vejo condicionais, barco a vela que me segue rio abaixo.
Como os ipês, o amor que em mim achou morada está florido. Encontra-se no seu ápice primaveril e floresce terna e despretenciosamente a cada manhã que decidida me ponho a pensar.
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Eu hoje, cega de contentamento pus em desvelo meus sonhos
neles estavam teus passos
que ao meu desejo vinha de encontro
mas farta de amparo voltei a realidade
encontrei tua ausência
além do cheiro e outras coisas palpáveis
tive angústia, lembrei tua voz
e desejei o afago
Pra onde vão os meus sonhos?
de quem são os teus olhos?
até quando pertencerá ao céu
essa estrela que brilha em segredo?
Nara C.
18/9/09
neles estavam teus passos
que ao meu desejo vinha de encontro
mas farta de amparo voltei a realidade
encontrei tua ausência
além do cheiro e outras coisas palpáveis
tive angústia, lembrei tua voz
e desejei o afago
Pra onde vão os meus sonhos?
de quem são os teus olhos?
até quando pertencerá ao céu
essa estrela que brilha em segredo?
Nara C.
18/9/09
Primavera mórbida
Eu só queria viver
O incolor da primavera
Nas minhas mãos
A quimera
Da menina que quisera
Vencer o sol
Pela janela
No perecer das caravelas
Que a tarde se atraca
Nos braços
De um porto
Qualquer
Morto
Poderia supor
que aquela não era
uma manhã de primavera
Nara C.
16/1/09
O incolor da primavera
Nas minhas mãos
A quimera
Da menina que quisera
Vencer o sol
Pela janela
No perecer das caravelas
Que a tarde se atraca
Nos braços
De um porto
Qualquer
Morto
Poderia supor
que aquela não era
uma manhã de primavera
Nara C.
16/1/09