Encontrei-te ao acaso numa noite dessas de verão chuvosa. Por ser verão ou por ser chuvosa, encontrei você. Não acaso simples, acaso planejado desses com hora e endereço lembrados.
Manhã seguinte, céu de efeméridas; pulsar atento ao teu olhar de arco-íris. Me pertencias, era o que dizia o idílio amoroso de meu pensamento, te pertencia com a brevidade da estima que tinha por mim mesma.
Mas um dia sem mais nem menos saíste do banho direto pra rua. No céu já não havia efeméridas e o teu olhar um tanto incolor, encontrou no retorno um pulsar desatento. Por acaso ou por destino, desencontrei você.
Nara C.